quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Palestra "A compulsão de comer e a personalidade"

Assisti esta palestra com a orientadora Márcia, no dia 01/02.

Relembrando a aula anterior:
  • Fazer as coisas para dar resultado.
  • Não sair do foco.
  • Responsabilidade de decidir o seu dia-a-dia.
  • Cobrar atitude: não levar para o prato a atitude que não tomou.
 Sobre a compulsão:

Olhar para o interior e começar a dar "nome" às coisas (auto-conhecimento). Não ter "medo" da compulsão - enfrentar. Verificar o que significa para mim "comer muito".

A compulsão não é fome, é vontade de comer.

À medida em que se tira a comida, começa-se a ver mais os problemas, a enfrentar. Tudo o que incomoda na personalidade pode gerar compulsão. Por trás da compulsão existe um desejo inconsciente de engordar (são as segundas intenções). Obesidade é proteção (camadas de gordura). Compulsão é agir descontroladamente na comilança e depois na dieta (come - faz dieta).

É preciso ver o que incomoda, pois carregar peso é se punir. Por que eu quero me punir? É preciso "ver".

Parar e analisar:
O que é comer a mais para mim?
O que posso fazer para me ajudar?
Não tem a ver com sua idade: é a forma como se vive.
Para emagrecer, é preciso fazer mudanças interiores.
Com as mudanças, você também tira os outros da área de conforto, e muitos podem se incomodar com isso.
Fale o que te incomoda - coloque fora de você, se analise. É preciso trabalhar pequenos passos, mudar aos poucos.

A compulsão não é o problema, é sintoma de um problema.

Quando somos abandonados pela sociedade, é superável. Quando somos abandonados por nós mesmos, é insuportável.

A cura é interna. A obesidade é um processo interno que veio para o externo. É preciso descobrir a segunda intenção. A compulsão vai camuflando outras coisas, e emerge para mostrar algo. Qual a conveniência da gordura?

Segundas intenções (causas da obesidade):

1) Não gostar de si: fomos criados para nos ver pelos olhos dos outros. É preciso fazer por si. Comece a gostar de você.
Você se agride com a comida. Você engorda quando "se larga".

2) Desinteresse social: prestar atenção se gosta do que fala, do seu assunto.

Falta de firmeza: você se deixa influenciar? Às vezes, quer se mostrar firme (maior = engorda).
Seja firme nos seus objetivos, nos seus propósitos. Decida.

Resistência: parar de quebrar o galho do outro; se mostrar forte. Não é ser egoísta. É apenas parar de passar a imagem de "fortaleza" para as pessoas. Você não precisa mostrar que é forte. Assumir o que é.

Maneira de não se exibir: para evitar o ciúme do outro ou para se esconder.

Desculpa para o fracasso: "tudo porque você está gordo!" Ser feliz enquanto é feliz, viver o momento.

Medo de morrer: sentir fraqueza, ligar o emagrecimento com doença.

Se sentir "vazio": falta de objetivo. Aprendeu a se "encher" com comida. Curar o vazio longe da comida, arrumar algo que você goste de fazer. Descobrir o que é importante para você, para suprir o vazio.

Agressão: se agride pela gordura. Antes de agredir ao outro, agride a si mesmo. É preciso tirar o que você não quer carregar, aprender a dizer "NÃO!" É um fardo do outro.

Anulação: deixar para lá. "Pega a vassoura e voa!" Viva a sua vida! A motivação tem que ser sua. Você tem que fazer o que você quer. Pare de se anular e abra a boca para falar.

Medo de enfrentar a vida. Tudo o que você tem medo, acontece, quando não se confia em si mesmo. É preciso peitar, vencer os seus medos. Não se omitir. Se sentir importante.

Baixa autoestima: ver o que você pode melhorar. O "gostar" está dentro, não fora. Falar o que é bom. Não dar atenção para quem só fala dos defeitos.

A compulsão é uma atitude, onde se usam sempre os mesmos alimentos para negociar com o sentimento. Trabalha as privações (físicas e emocionais): "eu quero! eu quero já! não dá para esperar!" A compulsão é um mergulho para esquecer, fugir da responsabilidade.

Você precisa de valores na vida. Tenha 15 minutos de mergulho de esquecimento, todos os dias, para si. Um mergulho fora da comida. É um direito que você tem. Busque uma atividade improdutiva ou algo que te faz bem.

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